Mães
“Não pense você que, ao se tornar mãe, uma mulher abandona todas as mulheres que já foi um dia. Bobagem. Ganha mais mulheres em si mesma. Com seus desejos aumentam sua audácia, sua garra, seus poderes.”
- Trecho do livro “Mãe”, de Cris Guerra.
Dar, à luz, uma criança: ato que não se restringe à hora do nascimento. Ser mãe é cuidar, ensinar, acolher, preocupar-se; inspirar, estimular, preparar quem você ama para o mundo. Na verdade existe um pedacinho de mãe em cada gesto de preocupação.
Nesses gestos, as mães se multiplicam. Multiplicam não só amor e carinho, mas dedicação e força. Influenciam não só seus filhos, mas todos que têm contato com seu amor. Multiplicam também a si mesmas nas milhares de funções que passam a exercer – de terapeuta a médica, de professora a cozinheira. Tudo isso pelo bem de suas crias. E assim vão tornando-se, cada vez mais, inspiradoras.
Porém, só quem é mãe entende, ou melhor, sente, completamente, a experiência e o amor materno. Por isso, o Chefão pediu a algumas mamães para descreverem um pouco de suas vivências sobre a maternidade, mostrando como essas experiências as fizeram crescer, evoluir ou até aumentar os seus poderes – isto é, se multiplicarem. Olha só o que elas nos contaram:
“Comecei a viagem da minha vida, em 1968, quando me casei.
Felizmente, como Deus sabe das coisas, fez com que eu não fizesse essa viagem sozinha: alguns meses depois do meu casamento, descobri que estava grávida. Em uma mistura de sentimentos e anseios indizíveis, amor e responsabilidade, alegrias e choro meu primeiro filho nasceu.
Em meio a tanta felicidade, comecei a pensar: eu lhe dei a vida, mas não posso vivê-la por ele; eu posso mostrar-lhe o caminho, mas não posso traçá-lo por ele; posso ensinar-lhe a diferença entre o certo e o errado, mas não posso decidir por ele; eu devo falar-lhe sobre o sucesso, mas não o alcançarei por ele.
No mais, eu vou rezar para ele, já que não posso impor-lhe Deus.”
- Aparecida Castilho, 73 anos; esposa e professora; mãe de seis crianças e avó de nove.
“Ser mãe é uma responsabilidade e tanto. É algo que achamos que não iremos dar conta.
Engravidei aos 15 anos Pensei que minha vida ia por água abaixo mas, pelo contrário, eu renasci. Minha filha mudou a minha vida, e foi para melhor. Acrescentou e me proporcionou momentos e sentimentos que eu nunca imaginaria ter.
Ser mãe é difícil, é um desafio. É cuidar, acolher e ensinar para o seu filho aquilo que você tem como aprendizado. O amor de mãe me fez crescer, fez com que eu enxergasse o quão bom é ter um filho e fazer de tudo por ele. Ser mãe me fez mudar. Só quem vive a experiência da maternidade sabe como é sentir esse amor inexplicável e sabe entender que é uma das melhores e mais loucas experiências da vida.”
- Laura Guimarães, 18 anos. Iniciou a experiência da maternidade aos 15 anos e solteira.
“Amei o meu filho desde o primeiro segundo que soube da existência dele.
Quando dei à luz e vi meu bebê, entendi que eu também estava nascendo para uma nova vida. Cada dia era um aprendizado, cada dia era um desafio; e o amor só crescia. Engravidei novamente, três anos e meio depois. Ela chegou e completou a nossa família.
Como era possível amar tanto esses dois seres humanos Daria minha vida para protegê-los. Passados 21 anos do nascimento do meu primeiro filho, ainda me pergunto a mesma coisa: como o amor não para de crescer?
Ser mãe é um desafio diferente a cada fase, no entanto estaremos preocupadas com os filhos pelo resto de nossa existência. É uma experiência maravilhosa e altamente recompensadora, mas difícil de traduzir em palavras.”
- Letícia Soares, empresária, 41 anos. É casada e dirige sua própria empresa. Também é mãe de um casal.
“Aos 32 anos de idade eu, casada, sonhava em ser Mãe.
Mas, só após 12 anos de tratamento de uma doença grave de meu esposo e de tratamentos para fertilidade que não tiveram sucesso, a esperança chegou Entrei em uma fila para adotar um bebê. Foram três anos de gestação até que fui chamada ao abrigo para conhecer minha filha.
Ao carregá-la, pela primeira vez, em meus braços, tive a certeza de que minha vida nunca mais seria a mesma. Quando cheguei em casa com ela, passei mal de tanta emoção! Estômago embrulhando, dor de cabeça e exaustão. Foi um parto de 3 anos, ou melhor, foram 12 anos de espera.
Sou a Mãe de uma Menina que nasceu em meu coração e eu também nasci do coração dela. Sim, eu a adotei com 8 meses e ela me adotou com 44 anos.”
- Andréa Loureiro, 47 anos. Esposa e Coach Financeiro. Mãe de uma menina.
E, assim, parabenizamos todas as mães pelo trabalho difícil, mas maravilhoso que exercem. Já, aos filhos, só podemos dar um conselho: agradecer e comemorar por essas mulheres que estarão – de corpo ou de alma – ao nosso lado, no próximo domingo, dia das mães.
O Chefão vai preparar um almoço especial para todas as mamães, filhos, famílias e amigos que quiserem celebrar a data, no domingo, dia 12 de Maio. Será um prazer ter vocês aqui com a gente! Feliz dia das mães!